A produtividade está sob pressão. A falta de habilidades e competências está prejudicando a produção, inovação e crescimento econômico, enquanto mercados de trabalho restritos estão causando dificuldades para as empresas em todo o mundo na contratação e retenção de talentos.
Segundo o Diretor Administrativo da WEC, Denis Pennel, o recente relatório Perspectivas do Mercado de Trabalho Europeu do Conference Board conclui que essa escassez de mão de obra veio para ficar. Dados do ManpowerGroup revelam um caminho similar, mostrando escassez em níveis máximos de 17 anos, com 77% dos empregadores relatando dificuldades na contratação em escala global.
Investir no crescimento dos funcionários é fundamental
Ao procurar melhorar a produtividade do trabalho, os líderes devem se concentrar em estratégias de aprendizado e desenvolvimento. Há um enorme potencial em treinar o talento existente para desempenhar novos papéis e construir uma força de trabalho flexível. As empresas devem abandonar qualquer ideia de que a capacitação é cara ou uma perda de tempo.
Também há uma possibilidade significativa em procurar e treinar as pessoas mais afastadas do mercado de trabalho. Neste cenário, a colaboração com o setor privado de serviços de emprego pode ajudar as empresas a acessar essas populações vulneráveis. Essas organizações têm experiência em cooperar com serviços públicos de emprego e outros intermediários de trabalho para destacar talentos negligenciados e treiná-los para os empregos disponíveis.
Atrair e engajar mais trabalhadores
Para os departamentos que visam alavancar melhor a força de trabalho existente, é aconselhável considerar políticas que apoiem trabalhadores em meio período, funcionários que também são cuidadores e profissionais que estão atingindo a idade de aposentadoria. Uma das estratégias seria desenvolver serviços que ajudem os funcionários a conciliar melhor suas vidas pessoais e profissionais, como serviços de concierge ou trabalho remoto.
Tais iniciativas também poderiam atrair trabalhadores em meio período, por exemplo. Estabelecer um canal temporário para contratação seria outra maneira de explorar ainda mais o subutilizado grupo de talentos que é a força de trabalho contingente e incentivar as pessoas a considerarem um compromisso de longo prazo com a empresa.
As populações em envelhecimento também apresentam um pool particularmente rico de talentos não aproveitados. As empresas precisam de estratégias para persuadir esse grupo demográfico a adiar a aposentadoria por alguns anos e explorar diferentes opções de trabalho por meio da “recarreira”, fazendo com que os mais velhos permaneçam na força de trabalho por mais tempo e tragam sua experiência e expertise para ajudar a apoiar as gerações futuras.
Necessidades dos funcionários pós-pandemia
A Covid teve um impacto severo na saúde mental dos trabalhadores, refletindo de forma negativa na produtividade. Um número recorde de pessoas está se sentindo esgotado ou simplesmente cansado. Segundo o relatório 2021 Work Trend Index da Microsoft, 39% dos funcionários se sentem exaustos e 54% se sentem sobrecarregados. Eles também estão menos envolvidos. Uma pesquisa recente da Gallup descobriu que 60% dos entrevistados estão emocionalmente desconectados do trabalho, e quase 20% estão ativamente desengajados.
Os departamentos de Recursos Humanos precisam ajudar as empresas a desenvolver políticas que se concentrem no bem-estar dos trabalhadores e reconstruir a satisfação que eles obtêm nas atividades profissionais. Se as empresas estão realmente comprometidas em aumentar a produtividade e atrair e reter os melhores talentos, elas precisam adotar uma abordagem mais personalizada.
Impulsionar a produtividade requer flexibilidade
Uma maior flexibilidade no mercado de trabalho só funcionará se for apoiada por regulamentação e políticas adequadas. Ao aproveitar o potencial de políticas voltadas para as pessoas e adotar uma abordagem mais sutil para atender às necessidades da força de trabalho, há um amplo espaço para resolver o desafio da produtividade.
Clique aqui para acessar o artigo na íntegra no site da World Employment Confederation (WEC)