Federação Nacional dos Sindicatos de Empresas de Recursos Humanos, Trabalho Temporário e Terceirizado
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Federação Nacional dos Sindicatos de Empresas de Recursos Humanos, Trabalho Temporário e Terceirizado
A FENASERHTT, foi fundada em 15 de outubro de 2004 para reunir sindicatos patronais representativos destes segmentos em todo território nacional. Tem como objetivo incentivar a instalação de novos sindicatos estaduais e também atuar como correspondente patronal onde ainda não haja representação.
Com sede em São Paulo, Capital, a FENASERHTT é a principal interlocutora das 32 mil empresas do setor espalhadas pelo Brasil. Reconhecida como porta-voz oficial da Prestação de Serviços, liderou a principal conquista do setor nas últimas décadas: a aprovação da Lei 13.429/17, legislação que regulamentou a Terceirização no Brasil.
Representatividade legal dos sindicatos e empresas de Recursos Humanos, Trabalho Temporário e Terceirizado junto a autoridades administrativas e judiciárias.
FLÁVIO EUGENIO BOLDT
JOSÉ CARLOS TEIXEIRA
JOSÉ CARLOS SOUSA DOS SANTOS
VANESSA CARVALHO VICENTE
LEONARDO V. DA SILVA TEIXEIRA
ALEXANDER D. GALANTE
O Futuro do Trabalho – Ponto de vista da Confederação Mundial Emprego
A rápida mudança tecnológica, globalização, novos modelos de produção e o crescimento da economia são algumas das mudanças estruturais que estão a remodelar o mundo do trabalho. A World Employment Confederation (Confederação Mundial do Emprego, antiga CIETT) e seus integrantes publicaram recentemente um livro abordando questões fundamentais relacionadas à ascensão de um novo mundo de trabalho, com recomendações e, em última instância, invocando formuladores de políticas para adaptar a legislação e políticas do mercado de trabalho.
Enquanto o século XX foi marcado pelo homem trabalhador, chefe de família e provedor, hoje em dia a força de trabalho é composta pela diversidade atuando em variados escopos de trabalho, tais como o assalariado, o autônomo, artístico, empresas familiares e o home office. Ao mesmo tempo, estamos diante de uma nova revolução industrial onde a tecnologia e a globalização, e os mercados de trabalho interligados estão mudando a própria natureza do trabalho.
Além disso, o novo mundo do trabalho será caracterizado por um aumento do trabalho independente. Os empregadores manterão um quadro estável de trabalhadores e buscarão ampliar a mão de obra somente nos picos de demanda, equilibrando a escassez de talento de uma forma mais flexível. Do ponto de vista do trabalhador, este molde de trabalho fará com que ele tenha mais controle sobre suas tarefas e equilíbrio entre o trabalho e as prioridades da vida.
“Estamos vivendo uma nova realidade tanto para as empresas como para os trabalhadores. Nosso setor está desempenhando um papel importante como facilitador do mercado de trabalho, permitido um melhor acesso ao emprego, adaptação, segurança e prosperidade. É vital que trabalhemos lado a lado com os políticos para maximizar as muitas oportunidades que estão sendo apresentadas”, explica a presidente da Confederação Mundial do Emprego, Annemarie Muntz.
Os legisladores precisam criar um ambiente que promova uma variedade de arranjos contratuais, como forma de aumentar a inclusão e a participação no mercado de trabalho. Eles também precisam garantir que o potencial dinâmico de cada setor e sua contribuição para a economia não sejam impedidos por regras estritas e ultrapassadas. Enquanto isso, empregadores operam em mercados de trabalho cada vez mais globais e interligados, que pedem por uma regulamentação específica adequada e de leis trabalhistas mais convergentes. Os legisladores internacionais terão de desempenhar um papel maior na elaboração de princípios orientadores e de leis trabalhistas favoráveis ao emprego no futuro.
A indústria das agências de emprego está na vanguarda das mudanças e está em uma posição única para oferecer soluções que simplificam o mercado de trabalho. Fornece uma ampla gama de serviços para atender às expectativas individuais dos candidatos, sabendo que o modelo padrão não funciona para todos. Além disso, as agências oferecem soluções sustentáveis também às empresas.
“Confrontados com novos desafios, o nosso segmento evoluiu desde a disponibilização de candidatos e preenchimento de vagas de trabalho à criação de soluções de força de trabalho inovadoras e moldadoras de carreiras. Com a tecnologia, o mercado está se movendo em direção a soluções mais ajustadas”, comenta Hans Leentjes, vice-presidente da Confederação Mundial do Emprego.
Depois de quase 50 anos de história, CIETT – International Confederation of Private Employment Services (em português, Confederação Internacional dos Serviços Privados de Emprego) está apresentando o seu novo nome e marca. A World Employment Confederation (em português, Confederação Mundial do Emprego) continuará a ser a voz da indústria global de emprego.
Esperamos que o nosso novo nome reflita melhor a evolução da nossa sociedade, incluindo federações nacionais e empresas em todos os continentes, bem como o extenso território da nossa indústria (o mundo do trabalho). Nossos integrantes já oferecem uma ampla gama de serviços de RH, incluindo o recrutamento direto, gestão de carreira, terceirização de processos de recrutamento e serviços gerenciados, o que lhes permite liderar em um mundo em mudança do trabalho”, conclui Denis Pennel, diretor da Confederação Mundial do Emprego.
Questões e recomendações de política da indústria do emprego
O avanço da tecnologia, a globalização, dos novos modelos de produção e o crescimento da economia estão transformando o mundo do trabalho. O texto abaixo visa identificar questões políticas essenciais, fornece recomendações e, finalmente, convida os legisladores a adaptarem as leis vigentes.
I – Trabalho e sociedade: o fim do trabalho como conhecemos
Enquanto o século XX foi marcado por modalidades rígidas, hoje em dia estão disponíveis variados escopos de trabalho, tais como o assalariado, autônomo, artístico, empresas familiares e o home office. Ser um funcionário em tempo integral não é mais o padrão.
Implicações e desafios: O modelo padrão não se aplica mais. Há uma variedade de contratos de trabalho e condições que cobrem uma ampla gama de situações, incluindo o trabalho sob demanda, casual ou intermitente, contratos de projetos e trabalho à base de comprovante.
Recomendações de política: Promover uma variedade de arranjos contratuais para aumentar a participação no mercado de trabalho e a inclusão. Devem ser avaliadas regulações modernas que se adaptem ao novo contexto. Além disso, promover condições de trabalho mais flexíveis e descentralizadas pode atrair outros grupos ao mercado de trabalho.
II – Empregos decentes para todos: rumo a um novo contrato social
Plataformas de talento online estão criando novos caminhos para acesso ao trabalho, construindo experiência, reputação profissional e geração de renda. Muitas pessoas estão optando por definir os seus próprios horários e atribuições de forma independente.
Implicações e Desafios: A noção de “tempo de trabalho” precisa ser redefinida especialmente por conta da crescente interferência do trabalho na vida pessoal. A tecnologia oferece uma grande oportunidade para a inovação e criação de novos negócios, mas a natureza e a velocidade das mudanças estão criando uma grande ruptura no mundo do trabalho.
Recomendações de política: Desenvolver direitos sociais portáteis e transferíveis, a fim de compensar a incerteza relacionada à multiplicidade de contratos de trabalho ou status. Com os modelos de trabalho alternativos, os políticos terão de considerar um sistema com mais benefícios portáteis.
III – A organização do trabalho e da produção: Para as empresas estendidas
Os padrões de produção foram reorganizados para oferecer maior flexibilidade e agilidade. Um modelo emergente da produção industrial envolve pequenas tiragens de produtos e serviços personalizados em massa, fragmentação global das cadeias de valor e a indefinição de fronteiras entre os produtores, vendedores e consumidores.
Implicações e Desafios: O valor dos trabalhadores não está mais ligado a processos que podem ser automatizados, mas com as contribuições não repetitivas e interativas que estão relacionadas aos seres humanos. As economias pós-industriais não precisam de força física, mas da capacidade de cooperar e se adaptar às novas situações.
Recomendações de políticas: Os legisladores precisam garantir que o potencial da economia colaborativa não seja comprometido por regras ultrapassadas. Devem ser criados novos regulamentos para apoiar todos os intervenientes na economia colaborativa, eliminando as incertezas jurídicas atuais.
IV – A Governação de Trabalho: Simplificar a complexidade
Para as empresas, o ambiente regulatório está ficando cada vez mais complexo por conta da ampla sobreposição de regulações rígidas. Isto prejudica diretamente a gestão, dificultando a compreensão da regulamentação e dos princípios éticos, especialmente em relação à gestão das cadeias de abastecimento globais.
Implicações e Desafios: Os mercados de trabalho entrelaçados solicitam regulação supranacional relevante. A fim de conciliar essa complexidade universal, os legisladores internacionais terão de desempenhar um papel maior na criação de princípios e regras.
Recomendações de política: Os legisladores devem criar leis trabalhistas favoráveis, ao invés de adicionar encargos e restrições. Na indústria do emprego, a regulamentação inteligente oferece flexibilidade e segurança para empresas e trabalhadores.