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Guedes promete reajuste do mínimo acima da inflação; salário passou governo Bolsonaro sem alta real

Ministro participou nesta quinta-feira de evento na Associação Comercial de São Paulo (ACSP).

Por André Catto, g1

O ministro da Economia, Paulo Guedes, insistiu nesta quinta-feira (27) que o salário mínimo será reajustado acima da inflação no ano que vem. O ministro também prometeu aumento real de cerca de 2% no salário dos servidores públicos.

“Durante a pandemia, com o funcionalismo fazendo o trabalho de casa, com garantia de emprego e salário bem mais alto que o resto da população brasileira, eles deram uma contribuição. Agora que acabou a pandemia, nós estamos dizendo: vamos dar aumentos reais de salários, tanto os salários mínimos, quanto os aposentados e o funcionalismo”, disse Guedes.

O salário mínimo, no entanto, não teve nenhum reajuste acima da inflação ao longo do primeiro mandato do presidente Jair Bolsonaro. A última alta real entrou em vigor em 1º de janeiro de 2019, aprovada pelo governo Temer.

Paulo Guedes diz ‘nós roubamos menos’ e depois afirma: ‘Nós não roubamos’

Segundo Guedes, a ausência de alta real foi devido aos impactos da pandemia de Covid-19. O reajuste de 2020, no entanto – que também não superou a inflação – foi aprovado antes da pandemia.

O ministro participou de um evento na Associação Comercial de São Paulo (ACSP) nesta quinta. Segundo ele, o aumento real dos servidores públicos já está previsto no orçamento, considerando a diferença entre a previsão da inflação e o fechamento do índice no fim do ano.

“Nós tínhamos previsto uma inflação que podia ser de até 7,5%. Mandamos (o projeto de lei orçamentária) com uma folga para o orçamento de 2023. Se a inflação for de 5,5%, você pode dar 2% de aumento real. A verba, inclusive, já está lá, preparada”, disse.

Segundo o ministro, será uma decisão política. “Pode ser até um pouco mais, um pouco menos. É uma decisão política. O governo é que decide”, afirmou.

‘Nós roubamos menos’

Durante coletiva de imprensa na sede da ACSP, Guedes cometeu um deslize ao comentar a promessa do governo Bolsonaro de aumentar a faixa de isenção da tabela do Imposto de Renda.

Questionado pela reportagem do g1 sobre a promessa de isentar do imposto os trabalhadores com renda de até R$ 6 mil mensais – acima dos R$ 5 mil prometidos pelo ex-presidente Lula – o ministro da Economia afirmou que o governo Bolsonaro ‘rouba menos’.

“Eu, se fosse o Bolsonaro, diria: tudo o que o Lula fizer, eu faço mais. Por quê? Porque nós roubamos menos”, afirmou. E se corrigiu imediatamente em seguida: “Nós não roubamos”.

“Quem rouba não consegue pagar muito. Então, o que acontece? Se você pagar um salário mínimo de R$ 1.200, eu pago R$ 1.400. Se ele paga R$ 1.400, eu pago R$ 1.500. Se o Bolsa Família for de R$ 6 mil, eu pago R$ 7. Se você dá uma isenção, vira uma disputa política de ver quem chuta mais alto”, disse Guedes.

Ao longo dos quatro anos de mandato, no entanto, o governo Bolsonaro não reajustou a tabela do Imposto de Renda , embora isso tenha sido uma promessa em sua primeira campanha à Presidência.

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A correção do salário mínimo se tornou um dos principais temas dos candidatos à presidência da República na reta final da campanha eleitoral de 2022.

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O assunto virou destaque após o ministro da Economia, Paulo Guedes, ter afirmado na semana passada que o governo estuda desvincular o reajuste do salário mínimo e de aposentadorias do índice de inflação do ano anterior.

A declaração causou desconforto na campanha bolsonarista que, prontamente, tentou explicar a proposta. Isso porque alguns setores interpretaram que a medida poderia diminuir o valor do salário do mínimo. Guedes, no entanto, contradisse a afirmativa.

“É claro que vai ter o aumento do salário mínimo e aposentadorias pelo menos igual à inflação, mas pode ser até que seja mais. Quando se fala em desindexar, as pessoas geralmente pensam que vai ser menos que a inflação, mas pode ser o contrário”, disse ele.

https://g1.globo.com/economia/noticia/2022/10/27/guedes-promete-reajuste-do-minimo-acima-da-inflacao-salario-passou-1o-mandato-de-bolsonaro-sem-alta-real.ghtml

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