Federação Nacional dos Sindicatos de Empresas de Recursos Humanos, Trabalho Temporário e Terceirizado

Cidade do Cabo (África do Sul), 10 de abril de 2025 – O último dia da World Employment Conference 2025 marcou o encerramento de uma jornada intensa de reflexões, debates e proposições sobre o futuro do trabalho e o papel social das empresas de recursos humanos. Representada por seu vice-presidente Danilo Padilha e pelo diretor financeiro Fernando Calvet, a Fenaserhtt concluiu sua participação no evento com uma visão ampliada e estratégica sobre as tendências globais que impactam diretamente o setor no Brasil.

Realizada pela World Employment Confederation (WEC) em parceria com a APSO – Federation of African Staffing Organisations, a edição sul-africana da conferência reuniu lideranças empresariais, especialistas, representantes governamentais e acadêmicos de mais de 30 países, em uma programação que combinou profundidade técnica, diversidade cultural e forte senso de urgência por transformação.

Durante quatro dias, a delegação brasileira acompanhou temas cruciais como empatia e escuta ativa nas organizações, transformação digital, inteligência artificial, ESG, liderança intergeracional e qualificação profissional. Cada etapa da conferência contribuiu para uma construção coletiva de conhecimento, conectando práticas globais à realidade brasileira.

O quarto dia foi especialmente marcado por:

1. Staffing 5.0 – Um novo modelo para um novo tempo

O conceito de “Staffing 5.0”, apresentado por Bruce van Wyk, propôs uma ruptura no modelo tradicional de prestação de serviços em RH. O painel destacou a convergência entre plataformas digitais, inteligência artificial e a curadoria humana como base de um novo posicionamento das agências – que passam a atuar como consultorias estratégicas de talentos, com foco em valor agregado, personalização e entrega de inteligência de mercado.

2. Responsabilidade social em ação – Walk the Talk

Moderado por Tanya van Lill e com participação de líderes como Errol Grolman, Carla Pereira e Jonathan Goldberg, o painel apresentou experiências reais de incorporação de práticas ESG no setor. As discussões ressaltaram a importância de um posicionamento ativo das agências na promoção da diversidade, inclusão, sustentabilidade e ética corporativa, como parte de sua contribuição para uma economia mais justa e resiliente.

3. A nova vantagem competitiva – inteligência e humanidade

Com moderação de Annemarie Steen e participações inspiradoras de Masingita Masunga, Anthony Kader e Richard Baredo, o painel abordou o uso da inteligência artificial não como substituto da atuação humana, mas como potencializador da tomada de decisões com base em dados, empatia e visão estratégica. A mensagem central foi clara: a vantagem competitiva do futuro estará na combinação entre tecnologia e propósito.

4. Unlocking Africa’s Talent – Oportunidade global, impacto local

Em um painel com enfoque geopolítico e social, os debatedores Ajay Jadhav e Michelle Govender, moderados por John Botha, apresentaram o projeto Global Careers Africa, uma iniciativa que busca integrar o vasto contingente de jovens talentos africanos ao mercado global. A proposta reforça a ideia de que o futuro do trabalho também é construído por meio de inclusão, mobilidade e conexão internacional.

5. Qualidade como prioridade – formação, certificação e carreira

O painel liderado por Margriet van Randwijck e Debbie Tanner trouxe experiências internacionais sobre a institucionalização do setor por meio da educação contínua, certificações e construção de trilhas de carreira. Com moderação de Simphiwe Madikizela, foi reforçada a importância de reconhecer o RH como uma profissão estruturada, regulada e com padrões de excelência internacional.

6. Palestra de encerramento – Dr. Frank Magwegwe

Em um momento de grande emoção e inspiração, o economista comportamental Dr. Frank Magwegwe compartilhou sua trajetória pessoal – da condição de morador de rua a líder em educação financeira e transformação social. Sua fala foi um convite à reflexão profunda sobre o valor do trabalho como instrumento de resgate da dignidade, geração de pertencimento e promoção da resiliência humana.

O ponto alto do encerramento foi o discurso da presidente da WEC, Bettina Schaller, que guiou o público por uma poderosa retrospectiva e destacou a transição do setor de um modelo transacional para um paradigma transformacional. Com a metáfora “Sawubona” (“eu te vejo”, em Zulu), Bettina reforçou que o futuro do trabalho está nas conexões humanas e no resgate da dignidade profissional.

“Sejamos corajosamente centrados nas pessoas. O mundo precisa disso. E nós estamos prontos.”

– Bettina Schaller

Palavra do presidente da Fenaserhtt, Vander Morales

Por compromissos de agenda, o presidente não pôde comparecer ao evento, mas acompanhou sua realização. “A WEC 2025 nos deu uma visão clara: não se trata apenas de adaptar-se às transformações do mercado, trata-se de liderá-las com responsabilidade, inovação e consciência social. O Brasil tem um setor dinâmico, criativo e com enorme potencial de impacto positivo“, afirmou Morales.

Compromisso com a ação

A delegação brasileira retornou ao país com uma série de propostas e boas práticas que servirão de base para futuras iniciativas da Fenaserhtt junto a seus sindicatos filiados, empresas associadas e parceiros institucionais. A presença ativa da Federação em eventos internacionais como a WEC 2025 reforça sua posição como representante do setor de trabalho temporário e serviços de RH no Brasil.

Relembre

Primeiro dia do evento

Segundo dia do evento

Terceiro dia do evento

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