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Que tipo de contato no LinkedIn ajuda mais na busca por emprego?

Estudo analisou dados de 20 milhões de pessoas na rede social profissional para entender quem são as pessoas que de fato podem contribuir na procura por uma vaga
Por Fernanda Gonçalves, Valor

Um novo estudo descobriu que é mais fácil conseguir um emprego por meio de conhecidos distantes do que com amigos próximos. O levantamento, publicado na Science Magazine, é resultado de vários experimentos randomizados em larga escala envolvendo 20 milhões de pessoas com o intuito de medir como diferentes tipos de conexões afetam a mobilidade profissional.

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Os pesquisadores concluíram que laços mais fortes – ou seja, suas conexões com colegas de trabalho imediatos, amigos próximos e familiares – são, na verdade, os menos úteis para encontrar novas oportunidades e garantir um emprego. As descobertas sugerem que você terá mais sorte com os relacionamentos menos frequentes e distantes.

A observação de que os laços fracos são mais benéficos para encontrar um trabalho não é nova. O sociólogo norte-americano Mark Granovetter expôs essa ideia pela primeira vez em 1973 num artigo sobre como a rede de contatos afeta as perspectivas de emprego. Desde então, a teoria, conhecida como “força dos laços fracos”, tornou-se uma das mais influentes nas ciências sociais.

Networking com pessoas mais distantes é mais eficaz para conseguir um emprego do que redes de amigos e familiares, aponta estudo — Foto: Pexels
Networking com pessoas mais distantes é mais eficaz para conseguir um emprego do que redes de amigos e familiares, aponta estudo — Foto: Pexels

Apesar da longevidade e influência da hipótese de Granovetter, nunca houve antes um teste definitivo usando dados em grande escala. Isso ocorre porque as redes das pessoas se misturam com seus empregos, tornando extremamente difícil realizar os experimentos necessários para testar a teoria.

O novo estudo aborda essa lacuna usando dados do LinkedIn. Os pesquisadores analisaram informações de vários experimentos de formato A/B no algoritmo “Pessoas que você talvez conheça” da rede social, que recomenda novas conexões para usuários na plataforma. A investigação, feita ao longo de cinco anos, variou aleatoriamente a composição das recomendações de conexão de mais de 20 milhões de pessoas, período em que foram criados 2 bilhões de novos vínculos e 600 mil empregos. Esses testes mesclaram a prevalência de laços fracos e fortes nas recomendações para a análise.

A pesquisa concluiu ainda que, embora os laços fracos sejam importantes, são especialmente vitais em setores com alto grau de adoção de tecnologia, integração de aprendizado de máquina, inteligência artificial (IA) e robotização. “Essas indústrias tendem a evoluir rapidamente, e acompanhá-las é fundamental para o sucesso. É por isso que laços fracos, que fornecem acesso a diversas comunidades com ampla exposição a novos desenvolvimentos tecnológicos e metodológicos, são tão valiosos”, afirmaram os responsáveis pelo estudo em nota publicada na revista Harvard Business Review.

As descobertas sugerem, ainda, que os laços fracos também são mais importantes em setores favoráveis ​​ao trabalho remoto. “À medida que o mundo caminha para um futuro híbrido ou de trabalho em qualquer lugar, criar e cultivar laços fracos será fundamental para o sucesso na carreira”, disseram os pesquisadores. Isso porque esse modelo dificulta as conversas de corredor e o envolvimento com novas pessoas.

“Seja você um candidato a emprego, gerente em busca de novos talentos ou recrutador, seja atencioso e aberto em relação ao crescimento de suas redes on-line e pense duas vezes antes de ignorar uma recomendação de conexão do algoritmo ‘Pessoas que você talvez conheça’. Sua rede de segundo grau – as conexões de suas conexões – é um portal para um mundo de oportunidades”, recomendam.

Segundo os cientistas, as lições para quem procura emprego são claras: “você deve gerenciar, ampliar e diversificar ativamente sua rede social digital, pois os laços fracos podem afetar suas perspectivas de emprego, mobilidade profissional, promoções e, até mesmo, salários”.

“Seja você um candidato a emprego, gerente em busca de novos talentos ou recrutador, seja atencioso e aberto em relação ao crescimento de suas redes on-line e pense duas vezes antes de ignorar uma recomendação de conexão do algoritmo ‘Pessoas que você talvez conheça’. Sua rede de segundo grau – as conexões de suas conexões – é um portal para um mundo de oportunidades”, recomendam.

https://valor.globo.com/carreira/noticia/2023/01/08/que-tipo-de-contato-no-linkedin-ajuda-mais-na-busca-por-emprego.ghtml

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